Filho do industrial Guilherme Nunes Martins e de Maria do Socorro Bacelar Martins, Carlos Bacelar nasceu na Parnaíba, no estado do Piauí, em 11 de janeiro de 1943. Cursou o primário no G.E. Miran- da Osório, o Ginasial no Colégio Maranhense dos Irmãos Maristas, e o Científico, no Colégio Esta- dual do Maranhão. Estudou medicina na Universi- dade Estadual da Guanabara (FCM-UEG), onde foi interno do Serviço de Neurologia da Faculdade de Ciências Medicas, sob a orientação do Prof. J.V. Colares. Obstinado em seus propósitos, fez o curso de Pré-Especialização em Neurologia, alcançando a nota máxima da turma de 1966.
Em 1967 teve como mestre o renomado Prof. Ivar Costa Rodrigues, no curso de Especialização em Neurologia, na Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Instituto de Neurologia. Trabalhou no Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas da FCM-UEG, de 1967 a 1974, onde exerceu diversas funções, dentre as quais, ministrou aulas de Semiologia aos alunos do 3º ano; também aulas de Clínica Neurológica aos alunos do 4º ano; participou das sessões gerais do Hospital, apresentando, comentando e/ou discutindo os assuntos neurológicos; orientou os trabalhos das Enfermarias de eurologia com os residentes e estagiários; deu pareceres neurológicos pelas Clinicas do Hospital Pedro Ernesto; preparou as sessões regulares semanais do Serviço de Neurologia. Desde 1968 foi Professor Assistente da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC, Curso de Especialização em Neurologia; a partir 1969 foi Chefe do Serviço de Eletroencefalografia da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência; Professor Titular da Escola de Reabilitação e Terapia Ocupacional do Rio de Janeiro, MEC - ABBR; foi Neurologista Consultor do Hospital Italiano, Casa de Saúde Bonsucesso, SAMCI, Pronto - Baby.
Dr. Bacelar foi filiado a inúmeras entidades tais como: membro fundador da Sociedade Brasileira de Cibernética em 1971; membro titular da Sociedade Brasileira de Eletroencefalografia e Neurofisiologia Clínica; encarregado do setor de Neurocibernética; presidente da União Estadual do Maranhão, em 1963; secretário geral da União Nacional dos Estudantes, em 1965; presidente da Federação Maranhense de Esporte Universitário, em 1962; membro da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro; membro da Liga Brasileira Contra a Epilepsia e da Liga Internacional Contra a epilepsia; membro titular da Academia Brasileira de Neurologia; membro da Sociedade Maranhense de Cultura Superior; membro da Sociedade Médica de Nova Iguaçu; presidente da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica-RJ, em 1997.
Sempre esteve presente nos congressos e simpósios nacionais e internacionais de Neurologia, Eletroencefalografia e Neuro-radiologia realizados no Brasil a partir de 1967, com integração ativa e marcante, proferindo palestras, conferências e organizando grupos de discussões. Preocupado com a melhoria dos atendimentos, organizou vários cursos de Urgência em Neurologia para acadêmicos de Medicina que prestariam concurso para Hospitais da SUSEME. Ministrou aulas e conferências sobre temas concernentes à Neurologia na Associação Médica da Região dos Lagos, na Associação Médica de Itaperuna, no Centro Médico Maranhense (São Luis do Maranhão - MA), Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas do Maranhão, Centro Médico de Campo Grande, Universidade Gama Filho, Sociedade Brasileira de Cibernética, Serviço de Psiquiatria da FCM - UEG (Curso de Especialização). Com o intuito de dividir os conhecimentos adquiridos com os colegas de profissão, Carlos Bacelar escreveu diversos artigos científicos que dentre os quais se destacaram: "Eletroencefalografia nas Epilepsias", Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 1972; "Coréia de Sydenham", Jornal Brasileiro de Medicina, 1971.
Em 1968, devido à solicitação crescente de seus pacientes somada à sua preocupação em estar mais próximo a eles, acompanhando continuamente cada caso em que se propunha a ajudar, Dr. Bacelar efetivou o projeto de construção de sua própria Clínica. Com muito trabalho e dedicação, dia após dia a Clínica Carlos Bacelar foi crescendo e ganhando fronteiras, tornando-se hoje, uma das mais conceituada e especializada Clínica de Neurologia e tratamentos de distúrbios do sono.
Dr. Carlos Bacelar sempre esteve aberto a esclarecer à população sobre as doenças do sistema nervoso, foi debatedor durante 20 anos do programa de maior audiência no horário do rádio brasileiro, os "debates populares" da Rádio Globo. Interessado em auxiliar nas soluções de problemas emergentes, comentava sobre qualquer assunto e, muitas vezes seus comentários geravam polêmicas, apimentando e deixando mais interessantes os programas. Foi considerado pelo próprio Haroldo de Andrade como "O campeão dos debates".
Defensor da idéia de que a medicina é acima de tudo uma arte, sempre a exerceu com total encanto e prazer, chegando a reclamar com o médico que utilizasse a expressão de que estava "trabalhando". Como grande médico humanístico filosofava: "A medicina é uma profissão erudita, com raízes nas ciências e um único objetivo: juntar todo o conhecimento disponível em prol do bem estar do indivíduo". Deixou diversas referências publicadas em vários órgãos da imprensa, entrevistas nos jornais: "Última Hora", "Jornal do Brasil", "O Globo". "O Dia", "Folha de São Paulo", "O Estado de São Paulo",e nas mais variadas revistas, além de ter sido convidado a inúmeros programas de TV. Embora apaixonado por sua profissão, também amava a música, cantava e tocava teclado, gravou três Cds, sendo bastante elogiado pela crítica, porém nunca vendeu um só exemplar, pois alegava ser um "hobby" e, sua verdadeira alegria era oferecê-los aos amigos e pacientes. Foi casado com Maria Bacelar, também médica neurologista, e com ela teve quatro filhos: Andrea, Carlos, Guilherme e Oscar. Considerava seus filhos como "seus pedaços" e muitas vezes proferiu que vida eterna para ele era ter filhos. Pai sempre presente na criação de seus filhos, foi técnico de futebol campeão durante muitos anos do campeonato "Dente de Leite" do colégio Marista São José. Formou os quatro filhos, um advogado (Carlos) e três médicos (Andrea, Guilherme e Oscar).
Em 2004, mesmo sofrendo de câncer, o obstinado Dr. Bacelar insistia em ir até à Clínica para atender seus pacientes. O carinho com os funcionários era de tal ordem, que certa vez chegou fugir do hospital em que estava internado para participar da festa de confraternização de final de ano com eles. Jamais se queixou da doença que teve e após observações e reflexões concluiu dizendo: "a vida começa após o câncer". Faleceu no dia 03 de julho de 2005, na mesma cidade que o adotou, deixando a seguinte mensagem aos familiares amigos e funcionários:
“Meu jeito” (por Carlos Bacelar)
E agora, o fim está próximo;
E então eu encaro o último ato.
Meus amigos, eu direi claramente,
Declararei meu caso, do qual estou certo.
Vivi uma vida plena.
Viajei por cada uma e todas as estradas.
Mas, muito mais que isto,
Eu fiz do meu jeito
Arrependimentos, eu tive alguns;
Mas outra vez, muito poucos para mencionar. v Fiz o que eu tinha que fazer
E vi isso sem culpa.
Planejei cada curso;
Cada passo cuidadoso ao longo do meu caminho,
Mas, muito mais que isto,
Eu fiz do meu jeito.
Sim, houve vezes, eu estou certo que vocês souberam
Quando eu me excedi.
Mas mesmo assim, quando houve dúvida,
Eu engoli e desprezei.
Encarei tudo de cabeça erguida e mantive-me forte;
E fiz do meu jeito.
Amei, ri e chorei.
Tive minhas realizações; minha parte de perda.
E agora, enquanto as lágrimas correm,
Acho tudo isso tão divertido.
Pensar que eu fiz tudo isso;
E posso dizer - modéstia à parte,
"Não, eu não,
eu fiz do meu jeito".
Para que é o homem, o que ele conquistou?
Se não ele mesmo, então ele não tem nada.
Dizer as coisas que verdadeiramente sente;
E não as palavras de pessoas que se submetem.
Os arquivos mostram que tomei pancadas -
E reagi do meu jeito!
Os três filhos médicos dão hoje continuidade à Clínica, engrandecendo com dedicação, amor e total competência aquilo que foi o maior trabalho da vida de seu pai, que por acreditar no pleno sucesso de sua empreitada deu a ela seu próprio nome: "CLÍNICA CARLOS BACELAR".
Preservar a saúde e a qualidade de vida das pessoas, a partir de um atendimento profissional, ético, humano e personalizado.
Atender o cliente de forma cortês, individualizada, competente e ética; prestar todos os esclarecimentos necessários e estar acessível para dirimir eventuais dúvidas; fazê-lo como se fosse membro da família, da equipe de manutenção à diretoria.
Humanização do tratamento, respeito pelas individualidades, tratamento ético e científico, valorização da vida.
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